O conceito de Indústria 4.0 – também denominada como a Quarta Revolução Industrial é um conceito recente e foi utilizado pela primeira vez na Feira de Hannover em 2011, com base em um projeto desenvolvido pelo governo alemão contendo estratégias relacionadas aos avanços e à utilização de novas tecnologias aplicadas aos processos de manufatura. Contudo, a busca pela eficiência, descentralização, customização, segurança e inteligência dos processos deixou de ser foco exclusivo das indústrias, alcançando também outros setores do mercado, como por exemplo, o setor de serviços. Esses conceitos impactam o mercado como um todo, exigindo a criação de novos modelos de negócios.
As organizações contemporâneas já estão sendo fortemente impactadas por essas mudanças que vêm ocorrendo no cenário mundial, tanto no que diz respeito ao seu ambiente organizacional quanto no que se refere ao alcance de seus objetivos e manutenção da competitividade. O mercado não é mais o mesmo e o que era “tendência” hoje é realidade a ser enfrentada, ou seja, é imperativo ter competência para lidar com o intercâmbio global (diferentes culturas e legislações), a sofisticação tecnológica, o aumento do poder do cliente, a customização de produtos e serviços, o próprio crescimento das organizações (ampliação de suas atividades e expansão dos negócios e mercados), a informação, o conhecimento, o foco nos serviços, a qualidade, a produtividade, dentre outros aspectos.
A sociedade está se transformando e novos fatores estão se tornando importantes. A revolução tecnológica gerou novos cenários e elegeu como uma das mais importantes características das novas iniciativas econômicas e fator competitivo, a qualidade e o desempenho dos talentos humanos.
As pessoas e as organizações estão interagindo e se relacionando nesse ambiente empresarial marcado pela competição, incerteza e instabilidade e assim, se torna necessária a adaptação de ambos às novas demandas de capacitação, visão global, atuação multidisciplinar e aperfeiçoamento e desenvolvimento de novas competências – organizacionais e individuais.
A competição e sustentabilidade no mercado baseada em competências e na capacidade de resiliência de seus executivos. As organizações não existem ou sobrevivem por si só, dependendo de diversos parceiros, dentre os quais, os seus profissionais, que fornecem conhecimentos, habilidades, capacidades e inteligência próprios. As pessoas buscam nas organizações a oportunidade de alcançar seus objetivos e/ou satisfazer suas necessidades e expectativas, assim como as organizações necessitam das pessoas para alcançar suas metas de negócio.
Em paralelo à nova realidade, as empresas enfrentam grandes desafios para o gerenciamento dos seus talentos e como fatores críticos para o crescimento e a sustentabilidade nos negócios, precisam estar em sintonia com seus profissionais, estimulando seu desenvolvimento e também a sua retenção. Nesse contexto, necessitam exercitar a sua empresabilidade, ou seja, a sua capacidade em desenvolver e utilizar as habilidades intelectuais e competências individuais dos seus talentos, pois eles serão o seu diferencial no mercado.
É nesse ponto em que a Universidade Corporativa pode ser a base para um gerenciamento de pessoas de excelência, a partir da busca pela parceria estratégica entre a empresa, seus profissionais e a consultoria especializada, definindo e compartilhando a trajetória a ser seguida e, de forma efetiva, auxiliando as organizações na consecução de seus objetivos de negócios.
Dentre os principais benefícios da Universidade Corporativa está o alinhamento entre a percepção dos executivos em relação aos conceitos que representam as competências necessárias ao desenvolvimento da empresa assim como, enfatizar a importância do estilo de gestão dos executivos para a melhoria do desempenho e do posicionamento da empresa no mercado, por meio do engajamento com seu autodesenvolvimento, aprimorando suas competências e habilidades.
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Vera Alonso é Consultora Associada na Transparência Consultoria – Administradora, Executiva e Professora. Atua há mais de 40 anos em organizações privadas, nacionais, multinacionais e instituições públicas.